quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Resenhas críticas, filmes: "O Nome da Rosa" & "Nós que aqui estamos por vós esperamos"


O Nome da Rosa (Name der Rose, Der, 1986)
Direção: Jean-Jacques Annaud
Roteiro: Umberto Eco (romance), Andrew Birkin (roteiro), Gérard Brach (roteiro), Howard Franklin (roteiro), Alain Godard (roteiro)
Elenco: Sean Connery, F. Murray Abraham, Christian Slater.
Origem: Alemanha/França/Itália
Produtora: Globo Filmes e Produções.

O filme trata da história ocorrida no século XIV, em um mosteiro que continha, o maior acervo cristão do mundo. Poucos eram monges eram autorizados ao acesso, devido às relíquias arquivadas naquela Biblioteca.
Devido a alguns crimes ocorridos no mosteiro, um monge foi designado para investigar. Os mortos eram encontrados com a língua e os dedos roxos e, no decorrer da história, verificamos que eles tentavam ler os livros, cujas páginas estavam envenenadas. Então, quem tentasse ler os livros, morreria antes que informasse o conteúdo da leitura.
E na história é possível perceber as disputas entre o misticismo, o racionalismo, problemas econômicos, políticos e o desejo da igreja em manter o poder absoluto restringindo à liberdade de todos.
A igreja não aceitava que pessoas comuns tivessem acesso ao significado de seus dogmas nem questionassem e fossem contra os mesmos e, por esse motivo, para definir o poder sobre o povo, houve a instauração da Inquisição que foi criada para punir os crimes praticados contra a igreja católica que se unia ao poder monárquico.
Dessa forma, o monge utilizava-se da ciência e consequentemente da razão para dar solução aos crimes do mosteiro e desagradava, a santa inquisição, na figura do inquisidor.
Na biblioteca do monastério haviam  pergaminhos que falavam sobre a infalibilidade de Deus, como era pregado que a busca pela perfeição era a busca por Deus, e que não era preciso se ter uma fé cega em detrimento à figura do homem.
Para não se ter uma fé cega é preciso utilizar-se da ciência como instrumento principal para se desvendar os mistérios impostos pela religião.
Por esse motivo a ciência teve ascendência sobre a religião, pois através da razão vários mistérios eram descortinados, inclusive o poder desenfreado da igreja que, na verdade, só contribuiu para o misticismo e o entrave do desenvolvimento intelectual de todo um período histórico, principalmente o da idade média, cercado pela inquisição e seu poderio absurdo e desmedido.




Título Original: Nós Que Aqui Estamos Por Vós Esperamos.
Origem: Brasil, 1998.
Direção: Marcelo Masagão.
Roteiro: Marcelo Masagão.
Produção: Marcelo Masagão.
Fotografia: Marco Tulio Guglielmoni.
Edição: Marcelo Masagão.
Música: Wim Mertens.

No documentário são abordados os aspectos culturais, políticos, econômicos, históricos e sociais do no cenário mundial. Os avanços tecnológicos, tais como: surgimento do telefone, energia elétrica e ida do homem à lua. A banalização da morte, na vida.  A criação do modelo fordista por Henry Ford, que acelerou o processo de produção em massa. A revolução industrial em si, que levou ao chamado êxodo rural, quando os trabalhadores do campo largaram o mesmo em busca de empregos nas indústrias visando uma melhor qualidade de vida.
É visto a guerra e seus impactos sociais, as cartas dos soldados às suas famílias. As várias mortes, traumas de guerra, solidão... Motivadas pelo que o documentarista chama de paranóia.
As mulheres vão às ruas pra lutar e conseguir o direito do voto, a sua inserção no mercado de trabalho, mudanças no seu vestuário com o uso das mini-saias, maiôs cada vez mais curtos, visto que alguns anos antes era considerado um ultraje aos bons costumes o uso de maiôs curtos. E mesmo com todas essas conquistas mudando seu papel na sociedade, mudando os olhares com os quais eram vistas, e mesmo com todas essas conquista ainda a depressão.
A revolução cultural da china no governo de Mao Tsé Tung, a construção e queda do muro de Berlim na Alemanha. Religiões como forma de buscar a deus, extrações de ouro em Serra Pelada, no Brasil.
Mostrando não só os grandes nomes que marcaram a história, mas também os “anônimos” que só passamos a ter conhecimento ao ter contato com o documentário.


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