segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Síntese sobre reforma psiquiátrica

A reforma psiquiátrica é o processo histórico de formulação critica e prática que tem como objetivos o questionamento e a elaboração de propostas de transformação do modelo clássico e do paradigma da psiquiatria.

No Brasil, o processo se iniciou no final da década de 1970, no contexto político de luta pela democratização. O principal marco de sua fundação é a chamada “crise de DISAM” (Divisão nacional de saúde mental), que eclode em 1978, com as denúncias dos profissionais da área de saúde mental, expondo as péssimas condições da maioria dos hospitais psiquiátricos.

Com a implantação da reforma psiquiátrica esperava-se uma melhoria gradativa no tratamento de individuo com transtornos mentais. Contudo após pesquisas e coletas de dados sobre como anda a atual reforma, percebemos que os objetivos e metas estabelecidos pelo reforma ainda não foram alcançados. Os profissionais da área reclamam das péssimas condições das estruturas físicas dos CAPS e do pouco repasse das verbas destinadas aos centro de atenção psicossocial. Segundo a entrevistada, a atuação do governo não tem sido eficaz

Além disto, a atual reforma encontra por parte da sociedade uma certa resistência, que não se sente segura e pensa que o tratamento de pessoas com esse novo sistema traz ameaças a comunidade. Tal quadro talvez ocorra por falta de explicações das partes responsáveis, visto que estes ainda não fizeram trabalhos efetivos de esclarecimentos sobre o assunto.

Em suma, alguns objetivos têm sido alcançados mesmo com pouca ajuda do governo. Como exemplo, as residências terapêuticas e o programa de volta pra casa tem se mostrado tratamentos eficazes, alcançado a ressocialização do indivíduo com transtornos mentas.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Pesquisa bibliográfica acerca da história da Psicologia no Brasil com ênfase na Bahia e seus pioneiros.


Algumas informações sobre o pensamento psicológico produzido no período colonial podiam ser encontradas no artigo de Samuel Pfromm Netto, intitulado “A psicologia no Brasil’. Entretanto, somente a pesquisa pioneira realizada por Marina Massimi. Concluída em 1984, trouxe extenso e minucioso estudo sobre essa temática. Com base nesse trabalho, procuraremos tão somente traçar uma breve caracterização da produção referente aos fenômenos psicológicos nesse período.
As mais antigas bases sobre as quais, mais tarde, veio à psicologia a se estabelecer no Brasil são reveladas pelo pensamento psicológico produzido nesse momento, denominado por pessotti como período pré-institucional da psicologia, por não terem as obras então produzidas vínculos diretos com instituições especificas, como viria a acontecer posteriormente.
A preocupação com os fenômenos psicológicos aparece em obras oriundas de outras áreas do saber, tais como: Teologia, Moral, pedagogia, médica, política e até mesmo Arquitetura; encontram-se, nestas, partes dedicadas ao estudo, análise e discussão de formas de atuação sobre os fatos psíquicos.
Os autores brasileiros, com exceção de algumas que, embora tenham nascidos em Portugal, aqui passaram a maior parte de suas vidas. Em geral, tiveram formação jesuítica e cursaram universidades européias, particularmente a universidade de Coimbra.
A maioria desses autores exercia função religiosa ou política tendo vários deles ocupado importante cargos na colônia ou na metrópole.
As obras são impressas na Europa, sobre tudo em Portugal, pois ainda não havia imprensa no Brasil. Encontram-se nessas obras preocupações com os seguintes temas: emoções, sentidos, auto-conhecimento,educação de crianças e jovens, características do sexo feminino, trabalho, adaptação ao ambiente, processos psicológicos , diferenças raciais, aculturação e técnicas de persuasão de “selvagens”, controle político e aplicação do conhecimento psicológico á pratica medica.
São encontradas referencias sobre emoções e pratica de seu controle ou “cura”, geralmente em sermões de edificação ética- religiosa, de autores como padre viera, frei Mateus da encarnação pinna e padre Ângelo ribeiro de sequeira; em obras de filosofia moral, como a de Mathias Aires ramos da silva de Eça, e obras medicas, como as de Francisco  de melo franco.Tais obras apontam para analise de âmbito comportamental e tratam de assuntos como:amor. Saudade. Vaidade. Ódio ou tristeza. Sobre isso, Massimi (1987.p.100)afirma: ”As emoções, chamadas de ‘paixões’, são consideradas pelos autores ‘forças’ potentes e cegas que, se excessivas podem afetar o equilíbrio do organismo, tornando-se ‘enfermidades ‘.”
No estado da Bahia, devido a preconceitos, resistências, o início do curso teve um atraso de uma década. Essas são as causas do atraso que retardou o objetivo de João Ignácio de criar o curso de Graduação em Psicologia na Universidade Federal da Bahia. Nas décadas de 50 e 60, ainda imperava o domínio do ensino médico que por tradição possuía alto nível de status social. Sendo assim, o nascimento de um curso de Psicologia ameaçava uma área profissional até então ocupada por médicos de várias especialidades e até mesmo por clínicos gerais.
Na Bahia, Nina Rodrigues (1939) aplicou o paradigma ao contexto social no final do século XIX produzindo conhecimentos sobre aspectos do ambiente cultural, de tipos humanos, do comportamento de grupos e de pessoas.
Nina Rodrigues falou do atraso econômico do estado Baiano á predominância de  negros e aos mestiços, que, com suas doenças, tradições e costumes e crenças, influenciavam a população. E concluiu que tanto a decadência do estado quanto o caráter epidêmico da doença conformavam uma enfermidade decorrente de uma e patológicas.
A descrição antropológica que daria sustentação á sua análise de movimentos sociais.
Rodrigues se inspirava na produção científica de europeus que tornava patológicos os conflitos da vida cotidiana, situou os seus estudos sobre movimentos de massa como constitutivo da psicologia social.
Uma parceria da cadeira de Psiquiatria com o Instituto de Seleção e Orientação Profissional da Fundação Getúlio Vargas, propiciou em 1955, treinamento em técnica de entrevista e testes projetivos para alunos da área médica da Universidade. Devido a reivindicações do professor João Mendonça e de um grupo de estudantes, não foi possível excluir os alunos de Pedagogia e Filosofia. Esta parceria criou, em 1958 o Instituto de Orientação Vocacional. Devido a esta iniciativa de criação do IDOV, o instituto terminou sendo constituído por alunos recém formados dos cursos de Filosofia e Pedagogia e por alguns profissionais mais experientes da mesma área.
Apesar de o IDOV ter sido criado como órgão suplementar, o Professor João Mendonça alimentava o sonho de um dia ele também ser um espaço natural Em 1961, mudanças ocorridas nas estruturas de poder da Universidade levaram o Professor João Mendonça a solicitar providências para a criação do curso de Psicologia. A viabilização dependia de modificação no regimento Interno da Faculdade de Filosofia. Mesmo assim o projeto foi aprovado. Porém depois de o projeto adormecer por um ano na Reitoria, João Mendonça reiterou a solicitação ao Conselho Departamental, ao tempo em que comunicou a aprovação da Lei Federal 4.119, de 27 de agosto de 1962, que regulamenta a profissão de psicólogo no País.
A psicologia passa a ter um conhecimento próprio tornando-se detentora de um determinado mercado de trabalho, ainda que compreendido entre a medicina e educação.

Referências: 
Brasil, lei n°4.119 de 27 de agosto de 1962;

 Decreto, lei n°. 53.464 de 21 de janeiro de 1964;

Conselho federal de psicologia, (1988), Quem é o psicólogo brasileiro? São Paulo.

A psicologia no Brasil, Mitsuko Aparecida Makino Antunes

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Slide: Evolução histórica da reflexão humana

Reaprendizado Familiar

   Era uma vez um rapaz que teve uma infância difícil.
Seu pai era de péssima comunicação ao contrário de sua mãe, que era boa comunicadora.

   Um de seus irmãos implicava consigo, reprimia-o, afastava-o dos demais irmãos por ciúmes , principalmente da mãe.
   Aquele menino sentia muita RAIVA de tudo aquilo por sentir-se isolado.
                                          
    Ele era tão acossado por aquele irmão, com a possibilidade de agressão que sentia MEDO.

    Um MEDO que se estendia para outras pessoas, pois ele não aprendeu a interagir para se relacionar com os demais.

    MEDO de abordar assuntos, de se pronunciar na sala de aula, de se dirigir abertamente e com segurança aos outros.
                                         
    Era uma vivência de muita TRISTEZA, pois não sabia como encontrar prazer através dos relacionamentos, comunicação com as pessoas ao seu redor, até nas paqueras e namoros com as meninas.

    Ele percebia que havia algo errado pois os outros ao seu redor eram mais felizes, e ele sentia TRISTEZA por sentir-se rejeitado.
                                         
     Certa ocasião ele conheceu alguém que percebeu sua necessidade de ajuda. Este alguém era um grande conselheiro, que além de aconselhá-lo, orientava-o nas suas necessidades emocionais e comportamental.

      Depois de muito aprendizado, o amigo de nossa estória aprendeu a arte de comunicar-se e relacionar-se com qualidade e se tornou FELIZ;

    Experimentou uma ALEGRIA gratificante.
                                        
   Nosso amigo pode a partir deste marco desenvolver proximidade com muitos ao seu redor, principalmente com os mais achegados. Dentre muitos ganhos adquiridos, um deles foi a AFETIVIDADE.
                                        

Agora nosso amigo passou a viver uma vida plena pondo em pratica mais adequadamente suas emoções: INATAS E APRENDIDAS.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Resenhas críticas, filmes: "O Nome da Rosa" & "Nós que aqui estamos por vós esperamos"


O Nome da Rosa (Name der Rose, Der, 1986)
Direção: Jean-Jacques Annaud
Roteiro: Umberto Eco (romance), Andrew Birkin (roteiro), Gérard Brach (roteiro), Howard Franklin (roteiro), Alain Godard (roteiro)
Elenco: Sean Connery, F. Murray Abraham, Christian Slater.
Origem: Alemanha/França/Itália
Produtora: Globo Filmes e Produções.

O filme trata da história ocorrida no século XIV, em um mosteiro que continha, o maior acervo cristão do mundo. Poucos eram monges eram autorizados ao acesso, devido às relíquias arquivadas naquela Biblioteca.
Devido a alguns crimes ocorridos no mosteiro, um monge foi designado para investigar. Os mortos eram encontrados com a língua e os dedos roxos e, no decorrer da história, verificamos que eles tentavam ler os livros, cujas páginas estavam envenenadas. Então, quem tentasse ler os livros, morreria antes que informasse o conteúdo da leitura.
E na história é possível perceber as disputas entre o misticismo, o racionalismo, problemas econômicos, políticos e o desejo da igreja em manter o poder absoluto restringindo à liberdade de todos.
A igreja não aceitava que pessoas comuns tivessem acesso ao significado de seus dogmas nem questionassem e fossem contra os mesmos e, por esse motivo, para definir o poder sobre o povo, houve a instauração da Inquisição que foi criada para punir os crimes praticados contra a igreja católica que se unia ao poder monárquico.
Dessa forma, o monge utilizava-se da ciência e consequentemente da razão para dar solução aos crimes do mosteiro e desagradava, a santa inquisição, na figura do inquisidor.
Na biblioteca do monastério haviam  pergaminhos que falavam sobre a infalibilidade de Deus, como era pregado que a busca pela perfeição era a busca por Deus, e que não era preciso se ter uma fé cega em detrimento à figura do homem.
Para não se ter uma fé cega é preciso utilizar-se da ciência como instrumento principal para se desvendar os mistérios impostos pela religião.
Por esse motivo a ciência teve ascendência sobre a religião, pois através da razão vários mistérios eram descortinados, inclusive o poder desenfreado da igreja que, na verdade, só contribuiu para o misticismo e o entrave do desenvolvimento intelectual de todo um período histórico, principalmente o da idade média, cercado pela inquisição e seu poderio absurdo e desmedido.




Título Original: Nós Que Aqui Estamos Por Vós Esperamos.
Origem: Brasil, 1998.
Direção: Marcelo Masagão.
Roteiro: Marcelo Masagão.
Produção: Marcelo Masagão.
Fotografia: Marco Tulio Guglielmoni.
Edição: Marcelo Masagão.
Música: Wim Mertens.

No documentário são abordados os aspectos culturais, políticos, econômicos, históricos e sociais do no cenário mundial. Os avanços tecnológicos, tais como: surgimento do telefone, energia elétrica e ida do homem à lua. A banalização da morte, na vida.  A criação do modelo fordista por Henry Ford, que acelerou o processo de produção em massa. A revolução industrial em si, que levou ao chamado êxodo rural, quando os trabalhadores do campo largaram o mesmo em busca de empregos nas indústrias visando uma melhor qualidade de vida.
É visto a guerra e seus impactos sociais, as cartas dos soldados às suas famílias. As várias mortes, traumas de guerra, solidão... Motivadas pelo que o documentarista chama de paranóia.
As mulheres vão às ruas pra lutar e conseguir o direito do voto, a sua inserção no mercado de trabalho, mudanças no seu vestuário com o uso das mini-saias, maiôs cada vez mais curtos, visto que alguns anos antes era considerado um ultraje aos bons costumes o uso de maiôs curtos. E mesmo com todas essas conquistas mudando seu papel na sociedade, mudando os olhares com os quais eram vistas, e mesmo com todas essas conquista ainda a depressão.
A revolução cultural da china no governo de Mao Tsé Tung, a construção e queda do muro de Berlim na Alemanha. Religiões como forma de buscar a deus, extrações de ouro em Serra Pelada, no Brasil.
Mostrando não só os grandes nomes que marcaram a história, mas também os “anônimos” que só passamos a ter conhecimento ao ter contato com o documentário.


quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Filme: "O Terminal"


A comunicação é de total importância, sendo ela falada, escrita ou através de qualquer sinal, uma ferramenta fundamental para o relacionamento com o mundo externo e “interno”. Com a comunicação conseguimos alcançar objetivos durante toda a nossa existência, a exemplo do código local que em alguns momentos da vida não é possível dominar. Assim como Viktor, principal personagem do filme, inicialmente não conseguiu se comunicar de forma precisa, onde se tornou necessário desenvolver amizade com os funcionários do aeroporto, os quais o ajudaram em questões como alimentação, quando também em alguns momentos foi possível perceber sua deficiência na pronúncia do código local, dificultando sua comunicação com os demais, como na cena onde Viktor diz: “esganar” ao invés de “enganar”.
O diretor do aeroporto após verbalizar o que de fato estava acontecendo na Krakozhia, não obtendo sucesso, utilizou-se de uma linguagem mista, batendo com a maçã no saco de batatas fritas, ao mesmo tempo em que explicava com gestos e expressões que a Krakozhia estava em uma guerra política e que não era mais reconhecida como um país. Para Viktor foi realmente muito difícil lidar com aquela situação, porém muita coisa que não estava literalmente verbalizada, linguagem mista, o ajudou, como a sinalização do piso molhado, a placa indicando o banheiro masculino, o fardamento da aeromoça.
Uma das cenas marcantes do filme é quando o personagem Enrique Cruz, responsável pelo transporte da comida, pede que Viktor leve mensagens, declarações para Torres, a oficial que ficava encarregada dos carimbos que validavam os formulários, a fim de conquistar o amor da mesma. O legal é que com poucos recursos a mensagem chega ao receptor, o que traz um excelente resultado que é o casamento.
“Quem conta um conto aumenta um ponto”, um ditado que define muito bem algo que é comum no nosso dia-a-dia, a famosa rádio peão, na qual um pequeno feito torna-se algo de uma grandeza ou gravidade, muitas vezes, inimaginável. Um exemplo disto no filme é quando Grupta Rajan, faxineiro, conta aos funcionários do aeroporto, o feito no qual Viktor ajuda um dos passageiros que está com problemas, de forma que o torna uma espécie de herói, tudo isso graças à forma que a história foi contada. Ao decorrer do filme percebemos os chamados merchandisings, marcas que apóiam o filme, e que através desta exposição dos seus produtos visam aumentar o escoamento dos mesmos de suas lojas, algumas dessas marcas tais como: Burger King, Swatch, Hugo Boss, dentre outros.
Sobretudo o filme nos traz muitos exemplos das mais diversas formas de comunicação, possibilitando de forma descontraída o estudo da mesma, pois um código desencadeia uma guerra ou alerta para a paz.

terça-feira, 31 de agosto de 2010

A Psicologia

Psicologia (do grego Ψυχολογία, transl. psykhologuía, de ψυχή, psykhé, "psique, "alma", "mente" e λόγος, lógos, "palavra", "razão" ou "estudo") "é a ciência que estuda o comportamento (tudo o que um organismo faz) e os processos mentais (experiências subjetivas inferidas através do comportamento)". O principal foco da psicologia se encontra no indivíduo, em geral humano, mas o estudo do comportamento animal para fins de pesquisa e correlação, na área da psicologia comparada, também desempenha um papel importante.

Paralela à psicologia científica aqui tratada existe também uma psicologia do senso comum ou quotidiana, que é o sistema de convicções transmitido culturalmente que cada indivíduo possui a respeito de como as pessoas funcionam, se comportam, sentem e pensam. A psicologia usa em parte o mesmo vocabulário, que adquire assim significados diversos de acordo com o contexto em que é usado. Assim, termos como "personalidade" ou "depressão" têm significados diferentes na linguagem psicológica e na linguagem quotidiana. A própria palavra "psicologia" é muitas vezes usada na linguagem comum como sinônimo de psicoterapia e, como esta, é muitas vezes confundida com a psicanálise ou mesmo a análise do comportamento.

O termo parapsicologia, ligado ao vocábulo paranormal, não se refere a um conceito ou a uma disciplina da Psicologia; trata-se de um campo de estudo não reconhecido pela comunidade científica.

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Psicologia#Defini.C3.A7.C3.A3o